De um mesmo modo as coisas sempre são diferentes.
E se esforçam para traduzir o inesperado,
aquele que traz o sentimento mais nobre
coberto de medo e frio.
Mas de certa forma tudo também é igual
naquele mesmo mormaço inquietante...
Que sempre remete ao que não precisava ser lembrado.
O corpo sente e pulsa.
E se inclina ao acaso.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
À duas mãos
Aqui no meu mundo tudo parece mais leve.
É como se as palavras perdessem a gravidade
E não soubessem mais repousar.
Aqui do lado de dentro eu ganho batalhas dormindo,
faço o impossível de repente.
Aqui no meu mundo me coroaram rainha de mim mesma,
me tiraram a venda dos olhos e eu pude enxergar o mais belo dos belos.
Aqui dentro é tudo bem, tudo calmo.
Num estalo eu me salvo.
Aqui no meu mundo eu me encaixo, eu me perco e me acho sem contradição.
É do lado de dentro que vejo bolas invisíveis a vasculhar a memória.
Entre o mundo e eu, existe apenas uma corda
A que me cerca , a que me sufoca
A que me mata , mas por vezes me salva
Me salva de mim mesmo, ou me dá de presente
presentes que chegam quando os segundos são poucos
quando o sol é bonito ou a lua é risonha
É dentro de mim que percebo
Todos vivem aqui, como um altar,
como uma praça.
Pássaros pedindo comida,
Pássaros se desfazendo em cor rangenta
É dentro de mim que faço festa.
Alan Caeiro e Giselle
É como se as palavras perdessem a gravidade
E não soubessem mais repousar.
Aqui do lado de dentro eu ganho batalhas dormindo,
faço o impossível de repente.
Aqui no meu mundo me coroaram rainha de mim mesma,
me tiraram a venda dos olhos e eu pude enxergar o mais belo dos belos.
Aqui dentro é tudo bem, tudo calmo.
Num estalo eu me salvo.
Aqui no meu mundo eu me encaixo, eu me perco e me acho sem contradição.
É do lado de dentro que vejo bolas invisíveis a vasculhar a memória.
Entre o mundo e eu, existe apenas uma corda
A que me cerca , a que me sufoca
A que me mata , mas por vezes me salva
Me salva de mim mesmo, ou me dá de presente
presentes que chegam quando os segundos são poucos
quando o sol é bonito ou a lua é risonha
É dentro de mim que percebo
Todos vivem aqui, como um altar,
como uma praça.
Pássaros pedindo comida,
Pássaros se desfazendo em cor rangenta
É dentro de mim que faço festa.
Alan Caeiro e Giselle
terça-feira, 9 de março de 2010
Silêncio.... de novo
Nem sempre quero assim
Espero apenas que seja pleno e sincero
De coração quieto e aqui
Não sei bem ao certo
Mas conheço o gosto que tem aquela lembrança...
aquele instante...
Nem tão perto chega
E já penso que tudo isso é um disparate
Mas nem tão longe vai
E já me esquivo atrás do silêncio
Porque há escudo melhor?
No sossego dessa intenção
No delírio da canção
Facilmente desfaço o laço e arrumo a prateleira
Me olho no espelho e já me consumo inerte
Ao pensar no que poderia ter sido
E bebo um gole de mim mesma
Esperando saciar uma resposta
Sonhando que um dia eu possa
Transitar sereno aqui dentro do peito
Com meu casaco estandarte
com minha sandália rasteira
e minha flor no cabelo.
Sentindo que talvez eu queira
escancarar o peito
pra me guardar na ausência de qualquer ruído.
Meu silêncio é sempre respeito
Nunca desatenção.
Espero apenas que seja pleno e sincero
De coração quieto e aqui
Não sei bem ao certo
Mas conheço o gosto que tem aquela lembrança...
aquele instante...
Nem tão perto chega
E já penso que tudo isso é um disparate
Mas nem tão longe vai
E já me esquivo atrás do silêncio
Porque há escudo melhor?
No sossego dessa intenção
No delírio da canção
Facilmente desfaço o laço e arrumo a prateleira
Me olho no espelho e já me consumo inerte
Ao pensar no que poderia ter sido
E bebo um gole de mim mesma
Esperando saciar uma resposta
Sonhando que um dia eu possa
Transitar sereno aqui dentro do peito
Com meu casaco estandarte
com minha sandália rasteira
e minha flor no cabelo.
Sentindo que talvez eu queira
escancarar o peito
pra me guardar na ausência de qualquer ruído.
Meu silêncio é sempre respeito
Nunca desatenção.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Qual é?
Estou cercada por transeuntes.
E não consigo me dissolver no líquido social.
A solução já está saturada.
A solução para o que sou no meio.
O nível de saturação do meio em mim.
Eu cheia de mim.
A solução cheia de mim.
Eu estou nela e ela em mim.
Estou cheia dela.
Ela cheia de mim.
Solução?
E não consigo me dissolver no líquido social.
A solução já está saturada.
A solução para o que sou no meio.
O nível de saturação do meio em mim.
Eu cheia de mim.
A solução cheia de mim.
Eu estou nela e ela em mim.
Estou cheia dela.
Ela cheia de mim.
Solução?
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Quem dera
Salvo o que me prende aqui,
mal posso esperar pelo que me leve.
Leve enquanto peça.
Aquilo que me falta.
Busco no esvair das coisas,
uma peça que se encaixe.
Um dado que tire mais de um.
Um soluço e já não há nada.
Quase nada.
Quantos traços ainda restam.
E eu bem sei que ainda não...
Mas quero um dia sentir tudo de novo.
Caminhar miúdo.
Olhar aquilo tudo pra dizer quem sabe.
Uma vontade tênue.
E então me fala de coisas que não consigo explicar.
Certezas de um quem sabe futuro.
Hoje apenas o medo.
E aquela apática lembrança.
E o sono vem vindo...
mal posso esperar pelo que me leve.
Leve enquanto peça.
Aquilo que me falta.
Busco no esvair das coisas,
uma peça que se encaixe.
Um dado que tire mais de um.
Um soluço e já não há nada.
Quase nada.
Quantos traços ainda restam.
E eu bem sei que ainda não...
Mas quero um dia sentir tudo de novo.
Caminhar miúdo.
Olhar aquilo tudo pra dizer quem sabe.
Uma vontade tênue.
E então me fala de coisas que não consigo explicar.
Certezas de um quem sabe futuro.
Hoje apenas o medo.
E aquela apática lembrança.
E o sono vem vindo...
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
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