quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Olho de Tornado

Todo dia eu escapo do meu olhar desinteressado.
E nos meus excessos me escondo.
E aquele sentimento só foi sentido porque me permiti cair em sensação.
Você me contou o porquê de tantas coisas e aquela verdade lá na gruta eu larguei.
Depois você falou do meu batom vermelho,
confessou o desejo do beijo,
e reparou no meu cheiro.
Não sei se devo, mas sei que quero.
Olha lá a gente naquela dança proibida,
naquela noite estranha de carnaval.
Construí minha casa no olho do tornado
E é lá que seu mundo é mais confuso que o meu.
Te mostro minhas tristezas encardidas.
Tudo se esquiva, tudo enlouquece.
Gostei e me queimei de um canto a outro.
Porque tudo isso nos atrai... esse espiral de idéias, essa sinestesia sedutora.
Nos nossos limites desformes...
Na casa construída no olho do tornado.

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