quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Calo no dedo

Quanta inquietação.
Eu deitei, fechei os olhos mas não consegui dormir.
Nem sei ao certo o que escrever aqui nesta madrugada que se segue.
É o vento da cortina, o lençol de flores, a grafite do tom que eu gosto.
Tudo parece desbotado sob o olhar da insônia.
Lá fora escuto gritos de alegria da vitória do time azul.
Aqui dentro escuto gritos no silêncio que envolve minhas palavras.
Como um nó na garganta.
Ou melhor, como um calo no dedo.
Depois de muito tempo voltei a escrever.
Este é o meu segundo escrito de hoje.
Acho que é sobre isso.
Voltei a escrever.
Ainda com um velho calo no dedo.

2 comentários:

  1. Ah, Gisa! Vc sempre me surpreende... Já devorei todos os textos, eu não sabia de mais esse talento seu, que grata surpresa! Estarei sempre por aqui.
    MIl beijos. Sucesso!

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