quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Qual é?

Estou cercada por transeuntes.
E não consigo me dissolver no líquido social.
A solução já está saturada.
A solução para o que sou no meio.
O nível de saturação do meio em mim.
Eu cheia de mim.
A solução cheia de mim.
Eu estou nela e ela em mim.
Estou cheia dela.
Ela cheia de mim.
Solução?

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Quem dera

Salvo o que me prende aqui,
mal posso esperar pelo que me leve.
Leve enquanto peça.
Aquilo que me falta.
Busco no esvair das coisas,
uma peça que se encaixe.
Um dado que tire mais de um.
Um soluço e já não há nada.
Quase nada.
Quantos traços ainda restam.
E eu bem sei que ainda não...
Mas quero um dia sentir tudo de novo.
Caminhar miúdo.
Olhar aquilo tudo pra dizer quem sabe.
Uma vontade tênue.
E então me fala de coisas que não consigo explicar.
Certezas de um quem sabe futuro.
Hoje apenas o medo.
E aquela apática lembrança.
E o sono vem vindo...